
O coletivo Viva Voz, que hoje compõe a direção do Sintrajufe, segue trabalhando e qualificando a luta dos servidores do Judiciário Federal. Nesta segunda-feira, dia 09 de agosto, foi entregue à administração da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, o Relatório da Pesquisa efetuada com os Oficiais de Justiça lotados na Central de Mandados da Justiça Federal de Porto Alegre. A Pesquisa, realizada novamente em parceria com a UFRGS, coletou dados de 71 (setenta e um) colegas Oficias da unidade e o relatório: “O trabalho e a Saúde dos Oficiais de Justiça de Porto Alegre” servirá de base para exigir das administrações dos tribunais, de forma qualificada e com dados concretos e cientificamente comprovados, a formulação de políticas efetivas para a melhoria das condições de trabalho dos Oficias de Justiça.
Confira a notícia publicada no saite do Sintrajufe:
O Sintrajufe deu hoje mais um importante passo na melhoria das condições de trabalho dos oficiais de justiça de todo o estado. No início da tarde foi entregue o relatório final da pesquisa “O trabalho e a Saúde dos Oficiais de Justiça de Porto Alegre” em reunião com o diretor do Foro da Seção Judiciário do RS, juiz Marcelo De Nardi.. Participaram da reunião os diretores do Sintrajufe Cristina Lemos e Marcelo Ortiz, acompanhados do médico do trabalho e assessor do sindicato Rogério Dornelles, além dos colegas Geraldo Ozio, Carlos Augusto Ceia Ramos, Catia Nunes e Rosane Felhauer. Pela administração estavam presentes o diretor do Foro juiz Marcelo De Nardi, a diretora da Central de Mandados de Porto Alegre Kátia Von Mühlen, além do diretor administrativo Carlos Dario.
Para coleta de dados da pesquisa, que teve início em fevereiro de 2009, foram pesquisados 71 oficiais, ou seja, quase a totalidade dos colegas lotados na Central de Mandados da Justiça Federal.
Principais problemas
Na pesquisa do Sintrajufe, foram constatados diversos aspectos que vêm causando sofrimento psíquico relacionado ao trabalho aos colegas oficiais de justiça. A falta de reconhecimento do trabalho realizado pelos servidores por parte das chefias, principalmente pela qual emana a ordem do trabalho, foi o principal problema apontado pelos servidores. Este dado, aliado à falta de contato direto com os demais colegas servidores e com os magistrados resulta na impossibilidade de o oficial criar uma relação profissional que possibilite a ele ter retorno a respeito do trabalho realizado.
Treinamento
Outro ponto relevante do levantamento faz referência à falta de treinamento para a execução da atividade, além da ausência de uma política de formação por parte da administração.
Exposição à violência
Os dados coletados apontaram uma preocupação dos trabalhadores em relação aos riscos a que estão expostos para a realização diária do trabalho. Foram relatados diversos casos de agressão física, assalto, ameaças, etc., em percentuais bastante elevados. Na pesquisa foi destacado pelos colegas que não há nenhum tipo de capacitação ou medidas tomadas por parte da administração que viessem a limitar os riscos de sofrerem algum tipo de violência.
Ao final da reunião, a diretora Cristina frisou que os dados evidenciados na pesquisa comprovam que o número hoje existente de oficiais de justiça no quadro da Instituição está aquém da demanda e que o Sintrajufe se contrapõe à extinção de cargos de oficiais de justiça. A dirigente sindical também reiterou da necessidade de provimento dos cargos por parte da administração nos casos de vacância e postulou junto à direção do Foro que não houvesse mais a transformação dos cargos de oficiais de justiça em analista judiciário/sem especialidade.
Além da entrega da pesquisa, os colegas que participaram da reunião deram relatos pessoais de ocorrências sofridas durante a execução do trabalho.
Os dados da pesquisa serão divulgados em breve na página do Sintrajufe.
Fonte: www.sintrajufe.org.br
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